sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A farsa: como a Globo tentou fazer o brasileiro de otário

Mauro Carrara

Nas ruas, nas praças, nas construções: a Rede Globo de Televisão causa estarrecimento, repulsa e vergonha alheia.

Nesta eleição presidencial, seguindo o exemplo dos jornais Folha de S. Paulo e Estadão, bem como dos veículos midiáticos da editora Abril, a empresa da família Marinho transformou sua programação em complemento desesperado e mal disfarçado da propaganda de José Chirico Serra e do PSDB.

Ao perceber o crescimento de Dilma Rousseff na preferência do eleitorado, o comando tucano resolveu tentar soluções “heterodoxas”, isto é, gerar fato novo que desviasse a atenção das vulnerabilidades da campanha serrista, como o caso Paulo Preto e a entrega anunciada de Itaipu, Banco do Brasil e Petrobrás a piratas de agência de pilhagem como a Warburg Pincus.

1)     Obviamente, a encenação foi realizada no Rio de Janeiro, com o apoio tático e logístico de Cesar Maia, especialista na criação de factóides dessa natureza. Em 2007, apresentei na rede inúmeros testemunhos de que o ex-prefeito do Rio havia tramado o episódio das vaias a Lula na abertura do Pan.

2)     Qualquer analista político sabe que Serra nada tinha que fazer no calçadão de Campo Grande, exceto atrair a ira de setores da população abandonados e humilhados durante o governo de FHC.

3)     O caso dos “mosquiteiros” é motivo de revolta até hoje no Rio de Janeiro, onde Mr. Burns é também conhecido como Mr. PresiDengue.

4)     Todos os jornalistas presentes ao local perceberam uma quantidade excessiva de seguranças contratados pela máquina tucana. Agiram, desde o início de forma ostensiva, violenta e provocativa.

5)     O ridículo episódio da bolinha de papel, cristalinamente gravado pelas câmeras do SBT, atesta que o suposto agressor não tinha interesse em ferir o candidato. Interessante que nenhum dos dezenas de seguranças do PSDB o tenha capturado.

6)     Boa parte dos jornalistas presentes, inclusive aqueles do próprio SBT, sustentam que Serra não foi alvejado uma segunda vez.

7)     Tanto a bolinha de papel quanto o objeto transparente (e invisível) criado pelo consórcio Folha-Globo para enganar o eleitor teriam colidido com uma região da cabeça diferente daquela que Serra aponta em seu teatro de coitadismo bufo.

8)     Ainda que tivesse existido um segundo objeto, não é possível acreditar que tivesse dois quilos ou mesmo meio quilo, conforme divulgou o comando da campanha tucana da Globo e da Folha de S. Paulo.

9)     Ainda que um suposto rolinho de fita adesiva tenha resvalado em Serra, o brasileiro mais inteligente pergunta: onde está o hematoma na cabeça do candidato? Sumiu de um dia para o outro? Justificaria uma tomografia?

O suposto atentado a Serra-Rojas constituiu-se na peça mais patética da campanha midiática. E expôs também todo o desespero e a desonestidade que marcam a participação de Folha de S. Paulo e Globo na eleição presidencial.

Tentam, tentam e tentam fazer o cidadão de otário. Procuram zombar de sua inteligência e bom senso. 

Mais estarrecedora, no entanto, é a passividade TSE, completamente cego aos atentados eleitorais cometidos pelo grupo Globo-Abril-Folha-Estado. 

Ali Kamel, o cérebro destrutivo que coordena William Bonner e Fátima Bernardes, tenta suas últimas cartadas. 

Ele tem outras bolinhas nas mãos, estas ocas e vermelhas. Tenta colá-las no seu nariz.

Em vista disso lançamos a campanha abaixo: