sábado, 10 de setembro de 2011

O jornalismo BOBOCA da Leilane Neubarth (e da “Globo News”)

A Leilane Neubarth entrevistou em 9/9/2011, um jornalista norte-americano que até agora não sabe por que os EUA são odiados em todo o mundo (ele acha que foi depois de 11/9), e os jornalistas da Globo News também não devem saber, porque não lhe disseram. Afinal, nem o Bush sabia, n’é?

Ora, que vão catar coquinhos... Essa é que é a “verdade” apregoada pela Dona Leilane? É esse o "jornalismo-verdade" a que ela se refere?

Então nenhum jornalista da Rede Globo sabe que os EUA promoveram golpes em toda a América Latina, para impor aos países ditaduras sanguinárias, apenas para que pudessem manter seu domínio sobre eles? No caso específico do Brasil, com o apoio do jornal O Globo, por sinal!

Estou fazendo uma pesquisa sobre as intromissões dos EUA no mundo, porque é óbvio, não se intrometeram só na América Latina, e quando terminar, vou mandar para vocês graciosamente, junto com uma carta de autorização de publicação sem ônus, mas tenho a certeza ABSOLUTA que não publicarão... A única forma de eu ganhar dinheiro com isso seria, se vocês topassem fazer comigo uma aposta, mas aí, eu que não sou boba, não nasci ontem e que conheço as malandragens das “ilhas de edição”, só reconhecerei a minha derrota se for publicado ipsis litteris, de cabo a rabo, tudo que tiver lá escrito... Hahaha du-vi-d-o-dó, carne seca, mocotó...

Aliás, eu deixei de ter raiva de americano, e passei a ter pena. Eles são as maiores vítimas do imperialismo norte-americano, salvo meia dúzia de multimilionários, que não podem ser chamados de humanos e nem mesmo de animais, porque animal algum comete crimes de destruição em massa, apenas por “dinheiro”. Não consegui ainda descobrir o adjetivo correto para eles... Quem sabe, um dia...

Mandem os jornalistas globais lerem 3 cartas escritas ao Bush quando ele resolveu buscar as “armas de destruição em massa” no Iraque: a do escritor Mia Couto, do bispo católico Robert Bowan e do escritor brasileiro Paulo Coelho. Da próxima vez, não cometerão essa “vergonhosa barriga!”.

E não são coisas do passado distante não: na 1ª década deste século, só pelas bandas de cá, derrubaram o Zelaya em 2009 e tentaram derrubar o Hugo Chávez em 2002, sabiam? E não foi nenhum chavista fanático que me contou não, mas jornalistas irlandeses. O filme é narrado em inglês e se chama “The Revoluction Will not be Televised”. Aproveito, a bem da verdade, para aconselhar que o comparem com as matérias que vocês colocaram no ar na ocasião. Há de ser um bom exercício democrático.

Realmente a GloboNews está fazendo uma cobertura monumental a respeito do 11/9, mas, em nenhum momento, falaram de um 3º prédio que também caiu, apesar de não ter sido atingido por avião algum: a torre 15. Desse jeito, o “jornalismo verdade” vira “jornalismo mal informado”, para dizer o mínimo!

Finalmente, gostaria de informar aos “verdadeiros” jornalistas Globais, que existe outra versão para os episódios de 11/9. Não é defendida por nenhum vidente, como o tal do Juscelino, a quem vocês deram tanto espaço no passado (2006), mas associações de engenheiros, parentes de vítimas, inúmeros jornalistas, cientistas, bombeiros, técnicos, cineastas, que até hoje ainda não conseguiram engolir o relatório oficial dessa tragédia. A internet está cheia de vídeos e diversos livros foram publicados. Ainda que não acreditem, o bom jornalismo manda dar voz a TODOS os “lados” de um fato e não apenas ao “lado” que a Rede Globo quer que acreditemos.

E para responder o que eu fazia no 11/9, o que me levou a lhes escrever, sinceramente, eu sou exceção ao jargão que vocês lançaram no ar, de que TODOS se lembram do que faziam. Não me lembro nem em que parte do dia tomei conhecimento, se alguém me falou ou se li ou vi na TV. Lembro que tive muita pena das vítimas e de seus familiares (eu jamais iria para a rua comemorar uma morte, como fizeram com a de Osama bin Laden), mas que aquele ataque era mais uma “crônica de uma morte anunciada”.

Depois de tudo que o imperialismo norte-americano fez mundo afora, e pior, continua fazendo. Um dia, o troco viria. E virá mais. E isso explica a minha pena do povo norteamericano, porque eles acabam pagando a conta do que fazem os verdadeiros donos do seu país. Money, it's a crime (Dinheiro é um crime, da música Money, de David Gilmore, do grupo de rock progressivo britânico Pink Floyd).

Sonia Montenegro
Carta enviada pela autora a  Globo News e revisada (links, abreviações e o título) pela redecastorphoto

6 comentários:

  1. Acho que você não deveria ter pena do povo americano, alguém já disse que o povo tem o governo que merece. Eles vão as urnas votar, outros não, mas os que vão votam por aquilo que a elite americana defende, mercados abertos sem regulação, guerras imperialistas, nenhum benefício social em defesas dos mais necessitado, emfim uma sociedade voltada para o esforço pessoal dissociada da solideraiedade para com próximo. Osama disse que não havia vítimas inocentes. Em parte concordo. Se o povo americano não fosse conivente com as ações de seus governantes teria machado em massa para impedir o mortícinio de milhões inocentres nas guerra de subtração das riquezas e vidas de paises indefesos ante a força militar dos E.U.A não tenho pena não, eles merecem o que passaram!

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  2. Só uma retificada no texto: a 3ª torre que caiu, foi a torre 7. De resto, texto excelente! Parabéns!

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  3. Ótimo artigo.
    Com todo o respeito pelos mortos norte-americanos, e os milhares de inocentes mortos no Afeganistão e Iraque (sem contar na América Latina durante as ditaduras)? E o meio milhão de crianças iraquianas mortas como resultado do embargo econômico, a quem a então secretária de estado, Madeleine Albright disse a um jornalista sem um preço "justo"?

    Noor

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  4. Uai! Leram o meu pensamento.
    Se eu soubesse escrever teria escrito exatamente isso, excetuando a pena dos estadunidenses.
    Parabéns.
    Regis

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  5. Ex-político alemão vira proponente de teorias da conspiração do 11 de Setembro
    Jornais Internacionais - Der Spiegel - 07/09/2011 -
    http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiegel/2011/09/07/ex-politico-alemao-vira-proponente-de-teorias-da-conspiracao-do-11-de-setembro.jh


    EM 1933, HITLER INCENDIOU O PARLAMENTO ALEMÃO (REICHSTAG), ATRIBUINDO O INCÊNDIO AOS COMUNISTAS.
    ISSO SERVIU PARA QUE TOMASSE O PODER NO PAÍS, SUPOSTAMENTE AMEAÇADO.
    IGUAL O 11 SET. SERVIU PARA SUPRIMIR OS DIREITOS CIVÍS NOS EUA, JUSTIFICAR A TORTURA, INVADIR O AFGANISTÃO, POR ONDE PRETENDEM PASSAR UM OLEODUTO E ATÉ INVADIR O IRAQUE, QUE TINHA UM GOVERNO LAICO E PORISSO ERA MAL VISTO PELOS TALIBANS. MAS TEM PETRÓLEO.
    VICTOR

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  6. Kid Jansen e Anônimo: (rs)...
    Eu passei a ter pena do povo americano, jamais da “elite” e governantes, desde que eu percebi que sofrem lavagem cerebral desde o nascimento. E não é fácil você se vacinar contra a propaganda, porque as notícias que rolam por lá (aliás, como aqui), não passam de propaganda. E é muito difícil ir contra ela, porque a propaganda incute na cabeça dos cidadãos que qualquer crítica é anti-patriotismo, um valor muito caro (tb incutido) na sociedade norte-americana.
    Mas não podemos esquecer, apenas para citar um exemplo, do Brad Manning, que está sendo acusado de ter “vazado” para o WikiLeaks as verdades sobre a guerra do Iraque, e mesmo antes de ser julgado, está preso e sob confinamento (solitária), e sabe-se lá o que mais...
    Um rapaz de pouco mais de 20 anos que arriscou a sua vida para dar voz aos maiores sacrificados, a população iraquiana.
    Giovani de Morais e Silva: você tem toda razão. Foi mesmo a torre 7, portanto, duplamente obrigada!!!
    Noor, também concordo com você. Os EUA falam de terrorismo, mas eles são um Estado terrorista, responsável por um nº incontável de mortes no mundo todo, inclusive no próprio país. Quantas famílias perderam entes queridos nessas guerras todas? Só espero que todos esses episódios que estão vindo à tona, resultem numa maior conscientização da população mundial.
    Victor, não é sem razão que tudo que acontece nos EUA resulta no que chamam de “teoria da conspiração”, mas enquanto isso, o povo americano não sabe até hoje como morreram os Kennedy, a Marilyn, o Luther King, entre outros milhões de episódios como Perl Harbour, 11/9 e os pretextos inventados para as guerras, das quais o Iraque á apenas mais uma...

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